Fernando Medina, ministro das Finanças, defende que perante os riscos sobre a economia de um "inverno demográfico, a que Portugal não é alheio, é essencial valorizar a capacidade da atração e acolhimento de imigrantes" no país.
O ministro
das Finanças, Fernando Medina, defendeu, esta quarta-feira, a importância dos
imigrantes para o mercado de trabalho português, destacando que representam 13%
da população empregada no país.
Fernando Medina falava esta
quarta-feira no congresso anual da Ordem dos
Economistas, intitulado "Portugal e os desafios do presente: o
papel dos economistas e gestores", na Fundação Calouste Gulbenkian, em
Lisboa.
"Cerca de 13%
da nossa população empregada correspondem a trabalhadores imigrantes",
disse.
O governante
defendeu que perante os riscos sobre a economia de um "inverno demográfico, a que Portugal não
é alheio, é essencial valorizar a capacidade da atração e acolhimento de
imigrantes" no país.
"600 mil trabalhadores estrangeiros integram a nossa força de trabalho"
"Desde 2017,
assistimos a saldos migratórios positivos num total acumulado de 323 mil
pessoas. Hoje, e sublinho a importância deste número, 600 mil trabalhadores
estrangeiros integram a nossa força de trabalho", afirmou.
Perante estes dados,
Medina sublinhou a importância da “integração”, do “acolhimento” e a "rejeição absoluta a
todas as formas de exclusão, de xenofobia e de racismo".
"Pelas razões
da humanidade, claro, em primeiro lugar, pelas razões da dignidade da pessoa
humana, sim, à cabeça, mas também por esta razão direta e simples. Esta é,
hoje, parte integrante e absolutamente essencial ao crescimento da economia
portuguesa", argumentou.
“Máximo histórico” de trabalhadores
em Portugal
O ministro detalhou que o número total de trabalhadores em Portugal aproxima-se dos cinco milhões, "um novo máximo histórico", que se traduz "num aumento de perto de 20% da população empregada em cerca de 10 anos".
"Ao mesmo
tempo, as remunerações crescem de forma robusta: 8% nas retribuições declaradas
à Segurança Social em 2023, começando a compensar os efeitos da inflação, em
particular de 2022", apontou.
Fernando Medina
destacou ainda a evolução da qualificação do mercado de trabalho em Portugal,
apontando que entre 2015 e 2022, a população empregada com ensino secundário ou
superior passou de 2,2 milhões, 52% do total, para 3,2 milhões, 66% do total.
Segundo Medina, tal traduz-se em mais um milhão de postos de trabalho de média
e alta qualificação. Ainda assim, sublinhou que ainda há trabalho a fazer:
"Não se retire
das minhas palavras que todo o caminho está feito ou de que todas as
dificuldades estão superadas e que Portugal tem hoje uma estrutura de recursos
humanos comparável com outros países mais desenvolvidos", disse.
"Não tem.
Mas neste caso, na teoria do copo meio cheio e do meio vazio, há duas certezas.
O copo tem vindo a encher e só vai continuar a encher. Em segundo lugar, está a
encher de forma muito mais rápida do que muitos de nós esperávamos não há muito
tempo atrás", disse.
Fonte: SIC Notícias / País
https://sicnoticias.pt/pais/2023-10-25-Imigrantes-representam-13-da-populacao-empregada-em-Portugal-370b2a81
Mérito
da Reportagem: Lusa e SIC Notícias
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