São estas as profissões que mais cresceram com a pandemia

 


A destruição de emprego não poupou os trabalhadores menos qualificados e com salários mais baixos, mas os empregados por conta de outrem com ordenados mais elevados (2500 euros limpos ou superior) prosperaram durante a pandemia, revelam cálculos do Dinheiro Vivo (DV) com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

De acordo com a publicação, no segundo trimestre, havia mais de 40 mil pessoas a ganhar 2500 a 3000 euros por mês e mais de 50 mil com salários líquidos superiores a 3000 euros. Portanto, cerca de 91 mil pessoas nos estratos salariais mais elevados, um recorde nas séries do INE. É cerca de 2% do emprego total por conta de outrem na economia portuguesa.

Um salário líquido de 2500 euros por mês é bem mais do dobro do salário médio da economia apurado agora pelo INE, que ronda os 1010 euros limpos mensais. Um salário de 3000 euros é o triplo da média nacional.

O salário líquido apurado pelo instituto é rendimento auferido pelo trabalhador por conta de outrem «depois da dedução do imposto sobre o rendimento, das contribuições obrigatórias dos empregados para regimes de Segurança Social e das contribuições dos empregadores para a Segurança Social». É o dinheiro que leva para casa no final de cada mês.

Segundo o Dinheiro Vivo, a força do emprego tem reflexo no tipo de profissões mais proeminentes. Portugal ganhou mais 75 mil empregos políticos e gestores de topo (“representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, directores e gestores executivos”), onde prevalecem os salários mais elevados.

Entre o segundo trimestre de 2020 e igual período deste ano, a subida foi de 27%, totalizando agora 349 mil pessoas.

A economia como um todo criou 209 mil empregos neste ano em análise e o maior contributo veio de outra categoria profissional associada com ordenados mais altos.

Na classe “especialistas das actividades intelectuais e científicas”, onde estão médicos, cientistas, investigadores e muito do pessoal que esteve na linha da frente na luta contra a pandemia, o emprego aumentou 11%, somando assim 113 mil novos empregos à economia. Este grupo responde por mais de metade do emprego criado a nível nacional. Ao todo, são agora mais 1,135 milhões de profissionais, estima o INE.

Também as consultorias técnicas, financeiras, de gestão e científicas engordaram em mais 37 mil empregos. Há mais 39 mil postos de trabalho na área das actividades de informação e comunicação.

A área “administração pública e defesa; segurança social obrigatória” crescer mais de 49 mil empregos até ao final do segundo trimestre de 2021 (face há um ano).

Já as “actividades de saúde humana e apoio social”, somaram mais 39 mil empregos à economia portuguesa.

Uma vez mais, nestes três grupos acima referidos, os salários elevados ou muito elevados (face à média) são mais frequentes.


Fonte: Human Resources - SAPO

https://hrportugal.sapo.pt/sao-estas-as-profissoes-que-mais-cresceram-com-a-pandemia/

Mérito de Reportagem: Human Resources

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