Portugal é o segundo país da União Europeia com a maior subida de novas empresas

O número de registo de novos negócios em Portugal subiu 36,1% no segundo trimestre face aos primeiros três meses do ano. O número de declarações de falências também aumentou 10,9% entre abril e junho em comparação com o trimestre anterior.

Portugal foi o segundo país da União Europeia a registar o maior número de novas empresas entre abril e junho face aos primeiros três meses do ano. No segundo trimestre deste ano, o número de registo de novos negócios subiu 36,1% em comparação com o primeiro trimestre, coincidindo com a reabertura gradual da economia, depois do confinamento do início do ano.

Os dados publicados, esta quarta-feira, pelo Eurostat revelam que quando comparado com o primeiro trimestre deste ano, o número de registos de novas empresas na União Europeia aumentou 5,3% face ao trimestre anterior, o que coloca Portugal muito acima da média europeia.

Comparando o segundo trimestre com os primeiros três meses deste ano, entre os Estados-membros para os quais existem dados disponíveis, os maiores aumentos foram registados na Irlanda, com uma subida de 213,6%, seguindo-se Portugal e a Eslováquia (+19,7%). Por outro lado, a Bulgária e a Lituânia registaram as maiores quedas (-4,1%, ambas), seguidas pela Roménia (-3,5%).

Já na comparação homóloga, o número de registos de novas empresas na União Europeia aumentou 53% no segundo trimestre deste ano face a igual período do ano anterior. Tendencialmente, o número de registos de novas empresas na União Europeia aumentou desde 2015 até ao final de 2019. No entanto, a tendência foi quebrada no primeiro e segundo trimestres do ano passado, com uma recuperação no terceiro trimestre, voltando a cair ligeiramente nos últimos três meses do ano. O número de registos voltou a aumentar ligeiramente no primeiro trimestre deste ano.

Por outro lado, o número de declarações de falências na União Europeia cresceu 1,8% entre abril e junho face aos primeiros três meses do ano. As maiores quedas no número de declarações de falências verificaram-se na Roménia (-35,5%), Polónia (-30,8%) e na Holanda (-6,3%). Os maiores aumentos tiveram lugar na Lituânia (+21,5%), Eslováquia (+20,3%) e Estónia (+19,1%), tendo Portugal registado um crescimento em cadeia de 10,9%.

“A diminuição das falências observada em muitos Estados-membros, em particular nos primeiros dois trimestres de 2020 e também no primeiro trimestre de 2021 pode ser explicada pelas medidas governamentais de apoio às empresas durante a crise, o que permitiu às empresas evitar a declaração de falência”, dá nota o Eurostat.

Ainda assim, na comparação face ao segundo trimestre do ano passado já se verifica que o número de declarações de falências na União Europeia cresceu 24% no segundo trimestre deste ano.

Fonte: Jornal Económico - SAPO

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Mérito de Reportagem: Ânia Ataíde