Centro tecnológico em Braga "foi uma aposta ganha" e emprega 400 colaboradores. Accenture está a analisar a possibilidade de expandir os centros para outras cidades do país, diz Susana Mata ao ECO.
A
Accenture está há mais de três décadas em Portugal, conta com dois centros
tecnológicos — um em Lisboa e outro em Braga, nos quais emprega mil
trabalhadores — e está a
considerar expandir para outras cidades portuguesas. Numa
altura em que a operação bracarense comemora quatro anos, a responsável pelos
centros tecnológicos da Accenture, Susana Mata, faz um balanço positivo, mas admite que a formação, retenção e aquisição de
novo talento, é um “desafio permanente“.
Susana Mata conta ao ECO que a consultora está a “analisar a possibilidade de expandir os Centros de Tecnologia da Accenture para outras cidades no país”, mas ainda não podem divulgar grandes detalhes.
O
reforço do negócio segue-se à decisão tomada em 2017 de entrar Braga, o que “foi uma aposta ganha”, com um “crescimento
sustentando de cerca de 100 novos colaboradores a cada ano”.
Quando inaugurou o centro, a Accenture contava com 100 engenheiros
especializados e, passados quatro anos, tem uma pool de
mais de 400 profissionais na cidade bracarense.
As atividades suportam cerca de 40 indústrias
diferentes em mais diferentes áreas como: sistemas
de gestão de recursos humanos, sistemas de gestão otimizada de recursos e
serviços de campo (field force management), tolling, utilities e banking.
O principal
objetivo é continuar a desenvolver ofertas tecnológicas inovadoras, apostar na
exportação, investimento, inovação e capacitação de talento. A título de
exemplo, Susana Mata conta ao ECO que, neste momento, estão a “investir fortemente” no desenvolvimento de
competências em dois domínios: Google e Low Code. “Em qualquer uma destas
áreas já somos reconhecidos a nível europeu como centro de referência para
projetos desenvolvidos nestas tecnologias”, destaca.
Os centros de tecnologia da Accenture Portugal trabalham para o mercado português (50%) e para o mercado internacional (50%). Os mercados principais são: Gália (França, Holanda, Bélgica), Alemanha, Suíça e Reino Unido. Em Braga, 65% do trabalho desenvolvido destina-se a clientes internacionais.
Para este ano, a Accenture Portugal está “muito otimista”. A responsável pelos centros tecnológicos do grupo a nível nacional explica que, passado o primeiro grande impacto do Covid-19, “as empresas estão muito interessadas em garantir que estão capacitadas para a economia digital e potenciam, ao máximo, a tecnologia para serem mais competitivas”.
O maior desafio que a Accenture encontra em
Portugal é o talento. A representante salienta que a tecnologia está em constante
evolução e a aposta em formação, retenção e aquisição de novo talento, “é um
desafio permanente, mas que dá imenso prazer”.
Susana Mata afirma
que a
Universidade do Minho tem sido um “pilar fundamental para a história de sucesso
da Accenture em Braga”. 70% dos colaboradores que o grupo
emprega vieram diretamente da universidade: 71% da Universidade do Minho,
seguindo-se a Universidade do Porto e o Instituto Politécnico de Viana do
Castelo.
Além disso, 73% dos
colaboradores que Accenture recruta das universidades tem o grau de mestrado.
“Estamos a falar, portanto, de trabalho altamente qualificado”, defende. Neste
momento, a Accenture Portugal
tem mais de 50 pessoas em formação que irão ingressar, em breve, na empresa.
Com mais de mil
profissionais, o Portugal Advanced Technology Center da Accenture é o terceiro
maior centro de tecnologia da Europa do grupo, a seguir a Riga e Bratislava. A Accenture conta em todo o mundo com
mais de 50 delivery centers.
Fonte: ECO - SAPO
https://eco.sapo.pt/2021/05/10/accenture-estuda-novos-centros-tecnologicos-em-portugal-apos-aposta-ganha-em-braga/
Mérito de Reportagem: Fátima Castro
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