8,5 milhões de euros. É este o valor que o Projeto Mobilizador Augmented Humanity (Augmanity) tem para investir no desenvolvimento da Indústria 4.0 em Portugal, num plano que se estende até julho de 2023. O projeto é fruto de uma parceria entre a Universidade de Aveiro e um consórcio liderado pela Bosch Termotecnologia, que conta ainda com a participação de empresas como a IKEA, Altice Labs e Huawei.
Juntam-se ainda AAPICO, Atena, Critical Manufacturing, EPL, Globaltronic, GroundControls, ICC Lavoro, Microplásticos e OLI, além de outras entidades do sistema científico nacional. Em comunicado, a Bosch esclarece que o Augmanity tem como missão “potenciar uma maior competitividade da indústria e na produção em Portugal”.
Este projeto de inovação abrange áreas como a sustentabilidade ambiental, desenvolvimento e adequação dos processos produtivos e promoção do país enquanto polo de atração de talentos, entre outras. São estas as grandes áreas tecnológicas a trabalhar: Ergonomia Industrial e Robótica, Data Science, IIoT/5G, Visão Artificial, Realidade Virtual e Aumentada e, ainda, a vertente de Recursos Humanos em ambiente i4.0.
No total, estão envolvidas cerca de 255 pessoas das várias empresas e entidades que fazem parte do consórcio. O projeto, financiado pelo Portugal 2020 no âmbito do POCI e pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), terá a duração de três anos. A data de conclusão está prevista para junho de 2023.
Nelson Ferreira, responsável Internacional Indústria 4.0 na Bosch Termotecnologia Aveiro, descreve o Augmanity como um exemplo de «como a parceria entre a indústria e a academia pode ter um papel fundamental enquanto fator de competitividade para o futuro». O responsável acredita que o projeto pode ter «um impacto muito significativo para o futuro da indústria nacional, quer a nível dos processos industriais, quer até mesmos dos processos de negócio».
O responsável da Bosch sublinha ainda que o projeto encontra no fator humano um dos seus principais eixos de inovação, já que o objetivo será garantir que todas as tecnologias desenvolvidas sejam naturais e uma mais-valia.
Já Artur Silva, vice-reitor para a Investigação da Universidade de Aveiro, destaca a participação multidisciplinar de vários departamentos de Ciências, Engenharias e Escolas Politécnicas como um passo importante para todos os envolvidos, «fazendo-se investigação industrial aplicada e com uma forte transferência de conhecimento para estas empresas».
Fonte: Executive Digest - SAPO
https://executivedigest.sapo.pt/bosch-ikea-altice-labs-e-huawei-juntam-se-para-desenvolver-a-industria-4-0-em-portugal/
Mérito de Reportagem: Filipa Almeida
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