Vamos sair vitoriosos,
não tenho dúvidas. Está sendo um jogo duro, lento e tático... vai requerer
paciência.
Que sirva de
lição para a humanidade que para uma próxima e possível doença que por ventura apareça no futuro, que
é necessário se precaver e atuar antes do problema se propagar.
Era um vírus
que surgiu na China, era férias, era inverno, muitos chineses em trânsito, em
toda Europa. Muitos europeus também indo para Ásia, por negócios e lazer... Era
de se supor que em algum momento esse vírus ia chegar aqui.
Quando ainda
não contávamos com nenhum caso já sabíamos do quanto era contagioso, ainda
dentro da China e também sabíamos que os idosos eram os mais atingidos. Havia
perigo e todos sabiam.
Mesmo assim, em
dois meses, quantos voos aconteceram diariamente vindos da Ásia e de países
vizinhos. Quantas pessoas trafegaram em milhares de rotas diferentes até desembarcarem
por todos os lugares, sem nenhum controle.
Era um vírus,
extremamente contagioso e estava de malas prontas para conhecer o mundo.
Chegou aqui,
através de contaminações de dentro da Europa e encontrou um país envelhecido e
com recursos muito justos e ajustados a realidade portuguesa.
Mas ao chegar
aqui o vírus encontrou um país sério, introspectivo e com a sapiência dos
antigos, sabe bem como responder a uma ameaça.
Assim que foi
divulgada a notícia dos dois primeiros casos em território português e que foi
detectado que os pacientes tinham vindo da Itália e da Espanha, as medidas que
já estavam sendo tomadas para voos provenientes da Ásia, rapidamente foram
estendidas para as outras origens e os protocolos foram tomados. Em duas
semanas Portugal, viu a contaminação crescer, mas o vírus encontrou
resistência: hoje Portugal conta com 1020 casos e apenas 6 mortes. O governo
reagiu forte, com medidas incisivas e determinadas e a população aderiu sem
questionamentos e pronta para fazer seu papel aceitou isolar-se em casa para
conter o contágio.
As medidas parlamentais
protegeram os idosos, as crianças, o sistema de saúde pública. Determinou
regras de abastecimento, de contingenciamento, de transporte e de trabalho. Programas
de salvamento para as empresas já estão disponibilizados e os prazos para
recolhimento de impostos e compromissos tributários fora adiados.
Os transportes
são gratuitos e devem ser usados apenas por necessidade, sem contato com os profissionais
que os conduzem, não houve aumento de preço em nenhum produto, ao contrário,
ainda se acha promoções acontecendo. Os trabalhadores com suspeita de contágio
e os que trabalham em casa não terão nenhum tipo de desconto. Está proibido
demitir funcionários e a maior empresa de energia do país, baixou o valor da
cota energética.
Rapidamente a
sociedade se ajustou: as empresas se programaram para trabalhos em casa, as
faculdades lançaram aulas online, restaurantes fecharam, assim como os bares e
clubes noturnos. Jogos, shows, eventos, teatros, cinemas e shoppings tiveram
suas atividades interrompidas.
Bancos abriram
linhas de crédito com juros baixos para o setor social e os hotéis cedem gratuitamente seus
quartos para hospedar médicos e enfermeiros para descanso de seus turnos. As indústrias da Moda
e Têxtil reverteram suas produções para fabricarem máscaras e aventais.
A indústria cervejeira
cessou sua produção para poder ajudar na fabricação de álcool gel
Por fim, o
desabastecimento inicial dos supermercados já foi ultrapassado: já não falta
nada nas prateleiras e as filas na entrada dos estabelecimentos acontecem em
paz, com muita civilidade e calma.
É uma
mobilização comovente: precisa, ordeira e consciente.
Já não
tínhamos dúvidas do movimento que fizemos ao trocar o Brasil por Portugal, mas
hoje, dissemos que temos orgulho do país que vivemos, pois, nos sentimos protegidos
até dos invisíveis vírus.
Que todos
estejam e permaneçam com saúde e, para aqueles que pensam em Portugal, ...
contem conosco.
Abraços
Luciane
e Fernando
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