Portugal "deixou de ser segredo como local perfeito para centros de dados internacionais".


Colt Portugal continua a expandir operação no país não só em pessoas (vai chegar às 150 até final do ano e está a contratar), mas também em maiores ligações de fibra ótica que vão ser úteis para operação mundial da empresa e para a Europa (Portugal incluído).

Não é uma empresa muito conhecida do grande público, mas cresce em Portugal a olhos vistos e diz ser o fornecedor líder de soluções ágeis de banda larga - mais focada em agilizar as telecomunicações. A Colt Technology está a expandir a sua operação em Portugal e irá passar a ter 150 colaboradores no país até ao final do ano, anunciou recentemente o responsável local (e vice-presidente de Global Service Delivery) Carlos Jesus.

Estão abertas mais de 40 vagas em áreas mais tecnológicas do que no passado, desde segurança de redes a gestão de serviço e de produto - todas para os três centros em Portugal. 

Mas o maior destaque até vai para a forma como Portugal figura cada vez mais como local predileto dos centros de dados internacionais. "O país tem uma vantagem competitiva como gateway [porta] de centros de dados internacionais que durante anos foi um segredo pouco conhecido", explica Carlos Jesus. Aí Sines assume-se como local relevante - em abril foi anunciado um dos maiores centros de dados (Hyperscaler Data Centre) na Europa para a zona pela empresa de capitais anglo-americanos Start Campus, que promete investir até 3,5 mil milhões de euros e criar até 1.200 empregos diretos altamente qualificados e 8.000 indiretos até 2025.

A Colt também está a investir nesse domínio aproveitando a "capacidade de ter cabos submarinos a passar pelo país", até porque Sines tem já uma importante subestação de cabos submarinos.

Vão instalar 600 km de cabos para uma rede de fibra ótica (o valor do investimento não foi anunciado) para melhorar a conetividade de dados no mercado e que terá ligação direta Lisboa/Porto/Bilbao/Toulouse.

A ligação do país a África por cabos submarinos também poderá ser estratégia para a Colt, que ainda não tem presença física no continente africano. Carlos Jesus explicou também existem atualmente 12 cabos relevantes (que também ligam a Europa ao Brasil e América do Sul) que passam por Portugal e ligam 62 países em termos de redes e conetividade e lembrou que 99% dos dados globais "viaja" por estes cabos de fibra ótica submarinos.

Ou seja, Portugal vai estar na base do crescimento das redes à escala mundial da Colt com a tal ampliação do poder do hub de conectividade português e que, na prática, liga a Europa à América, à Ásia e África através dos vários cabos submarinos que aterram em Portugal.

Atualmente a Colt Portugal liga Lisboa, Porto e vários centros de negócios com mais de 830 km de cabos de fibra ótica numa rede de longa distância que atinge os 1700 km. 

A Colt continua a investir na sua chamada IQ Network, que abrange já mais de 29.000 edifícios ligados e mais de 900 centros de dados. "É um importante reforço de investimento tem em vista garantir que a Colt tem capacidade para fornecer conectividade em toda a Europa com serviços de rede que outros operadores não têm e sem disrupções", explica Carlos Jesus. 

A ideia passa por melhorar a forma como a empresa disponibiliza banda larga e dark fibre "através de soluções globais, ágeis e de banda larga". Adicionalmente, o reforço da rede na Península Ibérica permite que esta região passe a dispor de uma maior capacidade de ligações com o resto do mundo.


Fonte: Dinheiro Vivo

https://www.dinheirovivo.pt/empresas/tecnologia/portugal-deixou-de-ser-segredo-como-local-perfeito-para-centros-de-dados-internacionais-14019311.html

Mérito de Reportagem: João Tomé

 

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