Fábrica da Continental Advanced Antenna produz componentes para
automóveis e é uma das maiores empregadoras privadas no distrito de Vila Real.
Vai contratar mais 60 profissionais qualificados.
Com
um investimento de 10,2 milhões de euros, a Continental Advanced Antenna
Portugal e um consórcio de mais sete parceiros, entre os quais quatro
universidades, vai criar a “fábrica do futuro” em Vila Real. O contrato de investimento foi assinado esta
quarta-feira, conta com apoios do Portugal 2020 e compromete-se a contratar 60
novos profissionais qualificados.
O
investimento já tinha sido anunciado pelo primeiro-ministro, em abril, quando
visitou a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Mas agora o
contrato de investimento foi assinado com a Aicep, estabelecendo os termos e
contrapartidas desta aposta no interior do país que visa, acima de tudo, ajudar a “reindustrializar o país”, mas
também contribuir para uma política de “fixação da população no interior”, como sublinharam os vários intervenientes na cerimónia.
“Este é um consórcio com oito membros”, explicou
Miguel Pinto, “todos com igual importância, apesar de ser a Continental
Advanced Antenna que lidera o consórcio”. Em causa está “a participação de 150
recursos humanos, incluindo 60 novas contrações de bolseiros e quadros
qualificados”, acrescentou o presidente executivo da empresa que já tem mais de
500 trabalhadores, sendo mais de 100 os altamente qualificados.
Em comunicado, a Aicep precisou que o contrato
prevê a afetação de 138 postos de trabalho, dos quais 29 novos
postos de trabalho altamente qualificados, e, ainda, a criação de 34 novas
bolsas de investigação.
O projeto visa desenvolver e lançar “novos produtos
com funcionalidades inovadoras e customizadas, especialmente direcionadas para
endereçar os desafios futuros perspetivados para a indústria automóvel em
termos de condução conectada e autónoma”.
E tem como objetivos “melhorar a produtividade e
competitividade da Continental Advanced Antenna neste mercado”, “desenvolver a
empresas e atrair produtos e serviços de maior valor acrescentado”, “potenciar o ecossistema de inovação na região norte”, “sedimentar em Vila Real um futuro cluster” e “reter
pessoas na região”, sublinhou Miguel Pinto na sua apresentação.
A
fábrica da Continental produz componentes para automóveis e é uma das
maiores empregadoras privadas no distrito de Vila Real, como sublinhou o presidente da Câmara, e é uma das
principais especialistas e fabricantes mundiais de antenas para veículos e a
quase totalidade da sua produção é exportada.
“Tem de ser o emprego qualificado a reter
pessoas aqui, as pessoas de Trás-os-Montes têm esse direito”, disse ainda o responsável repetindo e mensagem do
presidente da UTAD, a primeira universidade do interior a liderar um projeto
deste tipo. “Queremos desenvolver no campo da UTAD e crescer em emprego qualificado na região — a única forma de garantir futuro a quem aqui vive” disse
Emídio Gomes. “O objetivo é mudar o perfil desta população
a 10 ou 15 anos, uma população mais qualificada e capaz, criar
centros de desenvolvimento em torno da UTAD, altamente competitivos que permitam
usar a mão-de-obra qualificada no nosso país em vez desta ir para o
estrangeiro”, acrescentou o responsável que também já foi o presidente da CCDR
Norte.
O
ministro Siza Vieira, que também esteve presente na cerimónia, sublinhou o
facto de este projeto concentrar “todos os aspetos críticos para a
transformação do país em torno da reindustrialização”. Além disso, é uma forma
de o “conhecimento sair dos livros para o mundo real”, mas para isso as
empresas têm de estar “abertas ao conhecimento que emana da academia”, frisou o
presidente da câmara.
Fonte: Sapo Eco
https://eco.sapo.pt/2021/07/28/investimento-de-102-milhoes-para-criar-a-fabrica-do-futuro-em-vila-real/
Mérito de Reportagem: Mónica Silvares
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