O Nelson Group vai entrar no negócio da hotelaria. Em Portugal desde 2015, quando adquiriu um antigo edifício de escritórios à Estamo, empresa pública gestora das participações imobiliárias do Estado, por cerca de 5,5 milhões, o grupo belga converteu o mesmo imóvel num hostel, sob gestão da marca Meininger.
Agora, o grupo dá mais um passo
em frente na exploração hoteleira, ao comprar a insígnia JAM, segundo avança o
‘Negócios’.
“Terminámos o acordo com a
Meininger, pelo que passámos a preparar o projeto para ser um JAM, tendo agora
sido obtida a aprovação condicionada por parte da Câmara de Lisboa”, adiantou
Carlos Morgado, representante do Nelson Group em Portugal, em declarações ao
jornal.
O JAM Lisbon terá, assim, cinco
pisos acima do solo e 6.500 metros quadrados de área de construção. De acordo
com o representante, será “um hostel com 100 quartos e 347 camas” e a obra já
está em curso. Com um investimento global estimado “em cerca de 20 milhões de
euros”, a unidade deverá abrir “em maio ou junho” do próximo ano.
Carlos Morgado avançou ainda, ao
‘Negócios’, que este será “o primeiro hotel passivo de Portugal”, ou seja, “um
tipo de edificação que combina, de uma forma substancialmente otimizada,
conforto térmico, qualidade do ar interior e baixo consumo de energia, sem
variações sensíveis no valor do investimento inicial. A diferença está no
detalhe e no cuidado com que se concebe, projeta e executa o edifício”,
justificou. Quando comparado com um edifício normal, o passivo “permite
poupanças energéticas de até cerca de 85%”.
Vila Nova de Gaia vai acolher o
segundo hotel passivo do grupo no nosso país. “O loteamento foi aprovado
[pela autarquia] no final de dezembro passado. Prevemos arrancar com a sua
construção em abril, para abrir no final de 2023, inícios de 2024”, avançou
Carlos Morgado ao mesmo jornal.
O JAM Porto será corporizado numa
torre de 11 pisos , a construir num terreno que, em 2018, “custou cerca de 3,2
milhões de euros”. O investimento total será “próximo do valor a aplicar no de
Lisboa”, avança o ‘Negócios’.
O hotel será de três estrelas de
Gaia, a edificar junto ao Jardim do Morro e a Serra do Pilar, e “terá, em
princípio, 130 quartos e aproximadamente 300 camas”.
O Nelson Group não prevê, para
já, mais projetos hoteleiros em Portugal.
Fonte: Executive Digest - SAPO
https://executivedigest.sapo.pt/grupo-belga-investe-40-milhoes-em-hoteis-em-lisboa-e-gaia/
Mérito de Reportagem: Revista de Imprensa
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