Foram aprovadas 10 candidaturas, que vão fazer nascer outros tantos polos de inovação digital pelo país. Pelo caminho ficaram projetos em áreas como a inteligência artificial ou a ciência dos dados, que ainda podem ter luz verde para avançar, mas têm de se unir.
Estão escolhidas as
candidaturas que vão fazer nascer um conjunto de novos polos digitais
espalhados pelo país, uma das medidas emblemáticas do Plano de Ação
para a Transição Digital. Na última sexta-feira foi publicado em
Diário da República o despacho que “procede ao reconhecimento dos Polos de
Inovação Digital para integração na Rede Nacional e à sua designação para
acesso à Rede Europeia”.
Numa primeira
fase, foram selecionados 10 polos. As áreas da defesa, cibersegurança, turismo
ou automóvel estão entre as representadas. Em breve, o número deve subir porque
há um conjunto de candidaturas que não foram escolhidas por causa da
sobreposição parcial de temas e objetivos. Os promotores foram agora convidados
a fazer convergir propostas e a pedir a reapreciação da candidatura.
Isto aconteceu
nas áreas da Inteligência Artificial e Ciência dos Dados, da Administração
Pública, da Sustentabilidade Urbana, da Saúde e do Agroalimentar que, como
reconhece o Governo, “possuem relevância, quer a nível europeu quer a nível
nacional”, pelo que haverá um esforço para conciliar propostas. Os promotores
destas candidaturas vão ter 10 dias úteis, depois de receberem a notificação da
decisão, para se entenderem e apresentarem novas propostas convergentes.
Na área da inteligência artificial e ciência dos dados, por exemplo, temas que centraram as candidaturas ATTRACT DIH e DSAI - PMC - Data Science & AI Prediction Models Center, propõe-se a convergência para um único Polo de Inovação Digital para a área da Inteligência Artificial e Ciência dos Dados. Na apreciação do Governo, as maiores diferenças entre ambas as candidaturas está na cobertura territorial. Uma inclui as ilhas, outra cobre apenas Portugal continental e no facto de a primeira estar mais orientada para a computação de alto desempenho e a segunda para o desenvolvimento de modelos preditivos.
Em relação ao âmbito, explica-se no despacho, ambas elegem como sectores alvo para a prestação de serviços de transformação digital, “a Indústria, a Agricultura, a Administração Pública, a Saúde e Biotecnologia e o Comércio e Serviços, atuando ambas em áreas tecnológicas comuns, nomeadamente, na Inteligência Artificial, na Ciência dos Dados e Big Data, na Computação de alto desempenho e na Qualificação em competências digitais avançadas”.
Uma rede de inovação que pode continuar a crescer
Esta rede de
pólos de inovação não tem um número pré-definido. Vai crescer “em função da
necessidade de garantir uma adequada cobertura tecnológica, territorial ou
setorial”. O conceito dos polos de inovação
assenta na criação de centros de competências específicos ligados em redes
colaborativas, que vão ajudar à disseminação e adoção de tecnologias avançadas
no tecido empresarial, sobretudo entre as PME.
“Em concreto,
pretende-se estimular a incorporação de inteligência artificial, cibersegurança
e super-computação na adaptação dos modelos de negócio do nosso tecido
empresarial”, explica o Governo, ainda que nesta fase nem todas estas áreas
aqui apontadas estejam cobertas pelos polos já viabilizados.
Os polos de inovação vão dinamizar “uma Rede Nacional de Digital Innovation Hubs a desenvolver em ligação com os clusters de competitividade e centros de interface tecnológico reconhecidos, rede essa que estará também interligada com a Rede Europeia de Digital Innovation Hubs a dinamizar pela Comissão Europeia no âmbito dos programas quadro europeus para 2021-2027”, explica o Governo. Os consórcios aprovados vão poder candidatar-se à integração nesta rede europeia.
Abaixo a lista de candidaturas aprovadas e elegíveis para integrar a rede nacional de polos de inovação:
- PRODUTECH DIH;
- DIH 4 Global
Automotive;
- CONNECT5;
- Portugal Blue
Digital Hub;
- InnovTourism;
- Azores Digital Innovation Hub (AzDIH);
- SIH - Smart Islands Hub;
- C-Hub: Cybersecurity DIH;
- PTCentroDiH - Digital Innovation Hub da
Região Centro;
- Defence4Tech Hub.
Fonte: TEK - SAPO
https://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigos/ciberseguranca-defesa-e-automovel-entre-as-10-areas-onde-portugal-vai-ter-novos-hubs-inovacao
Mérito de Reportagem: Cristina A. Ferreira
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