Política em Portugal


Portugal é um país socialista na sua essência, mas vive dentro de um regime Semipresidencialista, com tendência parlamentarista.

Para nós, brasileiros, pode ser interessante explicar melhor tudo isso.
O sistema “Semipresidencialista” é quando um Presidente partilha o poder executivo com um Primeiro-Ministro e um Gabinete e é diferente de uma República Parlamentar por que o Presidente da República é eleito pelo voto popular.
Aqui em Portugal o Presidente eleito tem um mandato de 5 anos e entre seus poderes está a condição de nomear o Primeiro-Ministro e os membros do Governo, tendo, da mesma forma, o poder de demitir o Governo, exonerar o Primeiro-Ministro e outros membros do Governo. Tem igualmente o poder de dissolver a Assembleia da República, tem também o poder de promulgar ou vetar leis e decretos-lei entre outras coisas. Ou seja, é uma eminência parda, mas manda muito.
É um legítimo representante de Portugal pelo mundo, viaja oficialmente, assiste posses, vai a encontros, assina tratados, enfim, se responsabiliza pelas  Relações internacionais visando as relações políticas, econômicas e sociais.
Mas o trabalho mesmo, do dia-a-dia, lidar com o parlamento e resolver as crises internas, fica com o Primeiro-Ministro e aí o bicho pega e é bem interessante assistir a forma como os portugueses pensam, agem e, principalmente, como se relacionam.
Segundo o que apuramos, o panorama político português tem sido dominado por dois partidos, o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD) praticamente desde a instauração da democracia em 1974. Mas ainda jogam esse jogo o Partido Popular e o Bloco de Esquerda. Um festival de esquerdistas e o mais interessante é que eles brigam muito entre si. Uma disputa para ver quem é que defende mais o “social”, quem pensa mais no bem estar do povo português.
E ali no cantinho, bem isolados estão o Partido Verde, o PAN (PAN significa: Pessoas-Animais-Natureza) e os Liberais.
Mas o que interessa mesmo é a confusão, a briga, o debate, a gestão que acontece com uma esquerda cheia de acusações, com escândalos graves e também precisam aceitar, gerir e resolver as inúmeras greves existentes semanalmente pelo país a fora.
E ainda têm que administrar as exigências da Comunidade Europeia que socorreu Portugal durante a crise de 2010 a 2014. Portugal precisa cumprir metas que às vezes não são tão populares assim... é um dilema!
Acreditamos mesmo que Portugal tem um futuro incrível e é, com certeza, um dos melhores lugares para se viver, neste momento. Mas há uma enorme preocupação sobre o ritmo do crescimento da economia “versus” as pretensões de subsídios com viés populista, afinal alguém tem que pagar a conta para se ter ensino fundamental gratuito, segurança, saúde pública gratuita, transporte bom e eficiente a um baixíssimo custo, investimento em infraestrutura e etc, etc., etc..
O povo quer mais, tem pressa e cobra o discurso de subsídios sem fim que é prometido, mas até onde isso vai?
Abraços
Luciane e Fernando

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