Como é viver em Portugal


É interessante falar neste tema, pois, neste momento, pensando no assunto, percebi que foi preciso aprender a viver novamente.
Foi necessário despir a indignação, a desconfiança, o medo, a incerteza que trouxemos do Brasil e tivemos que aprender a entender um modo bem mais simples de viver, onde “ser” é mais valorizado do que “ter”.
Aprender que se comunicar de forma clara e direta, não é necessariamente é falta de educação... é apenas colocar os pingos nos is de forma imediata e franca.

“É isso!”... e ponto final... sem melindres, sem dedos, sem não me toques.
Poder caminhar à noite quarteirões sem fim, passear de mãos dadas, usar seu celular, relógio, cordão namorar completamente despreocupado, olhando para trás cada dia menos, se assustando com movimentos bruscos, cada dia menos...
Entender que não existem tipos de pessoas suspeitas de perigo! Aliás, para nós, não existe mais o perigo!
Sossego! Relaxamento! Prazer em sair de casa! Tudo isso existe, acreditem!
“Decência” é a palavra, principalmente para nós que saímos de um Brasil tão desgastado e tão enxovalhado.
Sentimos uma tristeza profunda por ter que abrir mão do nosso país, para encontrar segurança, paz, dignidade e justiça.
Aqui vivemos fazendo planos de futuro, mas os planos são voltados à vida: aonde ir no próximo verão? Londres a 15 euros o trecho aéreo? Neve na Serra da Estrela? Mergulho no Algarve? Agradecer pelas bênçãos em Fátima? Visitar a cave do Bastardo!

Para qual desses você iria?

Mas durante a semana os dias passam numa velocidade alta, mesmo para nós aposentados, e não conseguimos ficar vendo esses dias passarem sem fazer nada.
Ainda não despimos o ritmo paulistano e talvez não queiramos fazer isso... manter o ritmo nos dá uma sensação boa.
A consultoria que montamos veio coroar esse nosso momento, pois, cuidamos de quem está em busca de tudo isso que já conquistamos e tentamos passar um pouco da nossa experiência, para que outros planos também tenham sucesso, como os nossos!

Abraços,

Luciane e Fernando

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